segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Meu Deus, afasta de mim os venenos diários de quem não acrescenta, só diminui.... (Caio Fernando Abreu)

Loucos e Santos (Oscar Wilde)


Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e aguentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Amigos que o tradicionalismo uniu

Não é novidade pra ninguém que eu sou tradicionalista e que minha entidade é o CTG Fronteira da Amizade. Também não é novidade que eu tenho muito orgulho de estar no meio tradicionalista e de ser do Fronteira (da Amizade), de TUPARENDI.

Costumo dizer que o tradicionalismo é o que me deu, e ainda me dá, grandes alegrias. E se engana quem pensa que essas alegrias são o resultado de faixas conquistadas. Elas também fazem parte, sim, mas uma das coisas mais importantes que o tradicionalismo propicia é o fazer amigos.

Hoje tenho amigos em muitas cidades. São pessoas maravilhosas que eu nem conheceria se não fosse a vivência tradicionalista. Amigos estes que, muitas vezes, vejo apenas em eventos, de meses em meses, mas mesmo assim continuam sendo muito especiais pra mim. Aquele abraço do reencontro não tem como ser descrito...
E existem também os amigos de perto, aqueles que se eu preciso é só chamar, por que sei que eles virão. São parceiros para qualquer hora. Trabalhar, ensaiar, rir e chorar juntos estreitou nossos laços. Claro que estes laços não são tão estreitos com todos da mesma maneira, afinal afinidades existem em maior número com certas pessoas e em menos com outras. O que posso dizer é que cada um me cativou de uma maneira e hoje, se tornaram amigos, daqueles de verdade, mesmo. AMIGOS com letras maiúsculas!

Como disse Rui Biriva em sua música, Canção do Amigo, amigos são os diamante da vida que brilham nos olhos da gente e eles são pra sempre.

Bom, pra finalizar, aí vai um vídeo com o finzinho da apresentação dos AMIGOS do CTG Fronteira da Amizade no Tchêncontro Regional (3ªRT), realizado em Giruá, no dia 01 de outubro de 2011.


POST DEDICADO AOS MEUS AMIGOS TRADICIONALISTAS.

Diana J. Ribeiro

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Eduardo e Mônica

Eu já amava a música Eduardo e Mônica e quando vi o vídeo também me apaixonei por ele. Muito lindo! 
Se você ainda não viu, vale a pena; e se você já viu, rever não faz mal nenhum. ;)

E "Quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer que não existe razão?"


... Nada mais a declarar. ;D


Diana J. Ribeiro

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Conhecer as opções é necessário

Tudo vai muito bem até o momento em que percebemos que há muito mais para explorar, que se pode ir muito além do que até então se tinha imaginado.
Se não se olha pros lados não se tem visão de outros caminhos, e sem visualizar as opções são se pode ter certeza de que se está no caminho certo.
Olhei pro lado. Me atrevi a isso. Agora estou sonhando um pouco mais alto. Estou vendo que aquilo que antes parecia muito, não é tanto assim.
Vi que eu posso mais e vi, principalmente, que existem ainda muitos caminhos em que posso me aventurar. Se vai ou não ser bom mudar de estrada, só eu percorrendo ela pra saber.
E olha, entre o confortável, mais ou menos, ou o viver a mil, errando e acertar, sinceramente, prefiro a segunda opção.

E você, já se deu conta de que existem muitas possibilidades para serem estudadas? Já se atreveu a olhar para os lados?



Diana J. Ribeiro

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Voltando à ativa!

Depois de um tempo longe do Blog D, resolvi reativa-lo, por N motivos.
Primeiro, agora estou, ENFIM, conseguindo organizar meu tempo. Segundo, a minha vontade de escrever está grande. E terceiro, escrever é uma das coisas que eu mais gosto de fazer.
E como disse Virginia Woolf, Escrever é que é o verdadeiro prazerser lido é um prazer superficial; então se eu escrever e ninguém ler, sinto muito aos caros amigos que se importam com isso, eu não vou morrer chorando.
Então, tá aí. Vou tentar postar com mais frequência.
Se gostarem do que eu escrevo, continuem lendo e sigam! 


Beijos, beijos.


Diana J. Ribeiro

Eu sei, mas não devia (Marina Colasanti)

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto. 

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O segredo da boa colheita

Ver que todo o trabalho feito não foi em vão; ver que, mesmo sem apoio de muito, agora temos o reconhecimento de todos; ver que tudo aquilo que um dia foi só sonho, agora, no dia a dia, vai se tornando realidade... Ver tudo isso me faz continuar, me faz ter mais vontade de seguir, apesar do cansaço, apesar das dúvidas, apesar do medo.
Se hoje existem frutos é porque ontem plantamos sementes e com dedicação e afinco cuidamos do que estava nascendo; Agora é manter o ritmo e continuar plantando com amor e botando fé.
Acredito que seja esse o segredo para uma boa colheita: Plantar com amor, cuidar e botar fé.


Diana J. Ribeiro

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Crescendo

Quando eu era criança achava que todas as pessoas ou eram princesas, ou príncipes, ou bruxas e bruxos poderosos. Papai Noel existia, bem como o Coelho da Páscoa e a Fada do Dente. 
A infância passou e com ela todas essas fantasias.
Foi quando comecei a me sentir grande e achar que sabia tudo, afinal na minha concepção eu já era adulta. Quebrei a cara, me decepcionei muito. Principalmente por esperar das outras pessoas o mesmo que eu faria por elas e por achar que todos eram bons, honestos e verdadeiros. Foi aí que deixei de confiar nas pessoas.
O tempo foi passando e eu amadurecendo. Conheci muitas pessoas. Pessoas que me fizeram sentir pena do mundo e pessoas que me fizeram ver que "toda a regra tem exceção", que nem todas as pessoas do mundo são egoístas, amargas e falsas; gente que me fez ver o quanto a vida pode ser bela, apesar de não ser um conto de fadas com príncipes, princesas e seres encantados; gente que me fez ver que viver vale a pena.
Durante essas fases eu esperava ansiosa pela chegada de determinadas datas... 13 anos, "pra não ser mais criança"; 15 anos, "pra ser uma moça"; 18 anos, "liberdaaaaade!". Agora vou vivendo sem esperar o meu próximo aniversário, a formatura da faculdade ou qualquer outra data que possa ser interessante pra mim, pois a data mais importante, agora sei, se chama HOJE.
E assim sigo: crescendo, aprendendo, ensinando, errando, caindo, levantando... com a certeza de que ainda tenho muito a aprender, muito a crescer e muito a evoluir.
E vamo que vamo!

Diana J. Ribeiro

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Primeira Vez (Martha Medeiros)

Era uma festa familiar, destas que reúnem tios, primos, avós e alguns agregados que ninguém conhece direito. Jogada no sofá, uma garota não estava lá muito sociável, a cara era de enterro.

Quieta, olhava para a parede como se ali fosse encontrar a resposta para a pergunta que certamente martelava em sua cabeça: o que estou fazendo aqui?

De soslaio, flagrei a mãe dela também observando a cena, inconsolável, ao mesmo tempo em que comentava com uma tia.

"Olha pra essa menina. Sempre com esta cara. Nunca está feliz. Tem emprego, marido, filho. O que ela pode querer mais?"

Nada é tão comum quanto resumirmos a vida de outra pessoa e achar que ela não pode querer mais./ Fulana é linda, jovem e tem um corpaço, o que mais ela quer? Sicrana ganha rios de dinheiro, é valorizada no trabalho e vive viajando, o que é que lhe falta?

Imaginei a garota acusando o golpe e confessando: sim, quero mais!!!

Quero não ter nenhuma condescendência com o tédio, não ser forçada a aceitá-lo na minha rotina como um inquilino inevitável.

A cada manhã, exijo ao menos a expectativa de uma surpresa, quer ela aconteça ou não. Expectativa, por si só, já é um entusiasmo.

Quero que o fato de ter uma vida prática e sensata não me roube o direito ao desatino.

Que eu nunca aceite a idéia de que a maturidade exige um certo conformismo.

Que eu não tenha medo nem vergonha de ainda desejar.

Quero uma primeira vez outra vez.

Um primeiro beijo em alguém que ainda não conheço, uma primeira caminhada por uma nova cidade, uma primeira estréia em algo que nunca fiz, quero seguir desfazendo as virgindades que ainda carrego, quero ter sensações inéditas até o fim dos meus dias.

Quero ventilação, não morrer um pouquinho a cada dia sufocada em obrigações e em exigências de ser a melhor mãe do mundo, a melhor esposa do mundo, a melhor qualquer coisa.

Gostaria de me reconciliar com meus defeitos e fraquezas, arejar minha biografia, deixar que vazem algumas idéias minhas que não são muito abençoáveis.

Queria não me sentir tão responsável sobre o que acontece ao meu redor.

Compreender e aceitar que não tenho controle nenhum sobre as emoções dos outros, sobre suas escolhas, sobre as coisas que dão errado e também sobre as que dão certo.

Me permitir ser um pouco insignificante.

E na minha insignificância, poder acordar um dia mais tarde sem dar explicação, conversar com estranhos, me divertir fazendo coisas que nunca imaginei, deixar de ser tão misteriosa pra mim mesma, me conectar com as minhas outras possibilidades de existir.

O que eu quero mais? Me escutar e obedecer o meu lado mais transgressor, menos comportadinho, menos refém de reuniões familiares, marido, filhos, bolos de aniversário e despertadores.

E também quero mais tempo livre ... e mais abraços.




terça-feira, 19 de julho de 2011

O tempo voa


Ontem éramos meninas e brincávamos na rua de nossas casas.

De tardinha, enquanto os pais tomavam mate, em casa ou nos vizinhos nós,as crianças, brincávamos. Esconde-esconde, pega-pega, mamãe-cola,... jogávamos bolita, alerta, três cortes. Nas tardes, fossem elas ensolaradas ou chuvosas, as meninas brincavam com suas bonecas, geralmente reunidas. Eram amigas e aquilo era tão divertido.
De uma hora para outra, sem elas perceberem, o tempo passou... as meninas que antes corriam na rua, sujas, alegres e brincalhonas cresceram, se tornaram mulheres.
Hoje tem que casou, quem está para casar, quem namora, quem continua solteira; quem estuda, quem trabalha, quem faz os dois. As mudanças são muito visíveis e vão bem além do físico, mas as amizades que se iniciaram naquele tempo em que ir a escola e brincar com os amigos era tudo que tinhamos para fazer, permanecem.
Amizades como essas,  TEMPO NÃO APAGA E A DISTÂNCIA NÃO SEPARA.

Queridas amigas da Rua Três de Maio, mesmo longe e com pouco contato, vocês continuam sendo bem especiais. 

Diana J. Ribeiro

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Coragem!

    Coragem, segundo o dicionário, é firmeza de ânimo ante o perigo, as reveses, os sofrimento; ou no sentido figurado é constância, perseverança (com que se prossegue no que é difícil de conseguir).
   Estive pensando sobre o real significado da coragem. O que é ser uma pessoa corajosa? É não ter medo?
    Acredito que não. Medos fazem parte do ser humano. Não existe uma pessoa que não tenha medo...
    Cada um com o seu, é claro. Medo de escuro, medo da morte, medo das perdas, medo de animais, medo dos sentimentos, medo da derrota,...
    Coragem, para mim, nada mais é do que ato de enfrentar medo.
     Eu, por exemplo, tenho medo de não ser feliz. O que eu faço de corajoso? Faço aquilo que me diverte, luto pelos meus objetivos, por mais impossíveis que pareçam ser, e não me acostumo com aquilo que não me faz bem.
    Se eu me considero uma pessoa corajosa? Em partes. Ainda tenho muito que aprender, ainda tenho muito a arriscar. Meu maior medo sempre foi de errar, por isso pouco me arrisco. É aí que pretendo aplicar a minha "coragem". Quero me arriscar. Quero me jogar sem medo da queda, quero amar sem medo de ter o coração partido, quero experimentar novos sabores, quero caminhar na chuva, quero conhecer gente nova. Quero viver assim... sempre sonhando, sempre enfrentando meus medos, creio que só dessa forma continuarei sendo feliz.
     Minha dica? O segredo é se jogar, mesmo. Enfrentar o medo. O frio na barriga, o nervosismo, tudo faz parte, o que não dá é pra se encolher frente o que nos deixa assim. CORAGEM!

Diana J. Ribeiro

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Desapegar...

    Hoje, enquanto arrumava meu quarto vi muitos objetos que me lembram de momentos e de pessoas que passaram pela minha vida e deixaram marcas profundas. Os objetos já não tem utilidade alguma. Pensei então em como não sei desapegar. Não sei desapegar de objetos, nem de pessoas. Tenho lembranças maravilhosas de tudo o que passei junto das pessoas e cada objeto tem um valor sentimental, mesmo arranhado e quebrado. Sei que muita coisa deveria ir fora, afinal, hoje não passam de lixo e os objetos não querem dizer nada, o que vale de verdade é aquilo que tenho comigo, as lembranças, os sentimentos bons e aquela felicidade de ter vivido tantos momentos incríveis.
     Agora se me perguntem se, durante a arrumação de meu quarto, eu consegui me desfazer de alguma coisa, responderei que não. Sei lá, mas acredito que nós estamos numa constante batalha entre passado, presente e futuro.
     A gente vive bem o presente, mas lembramos muito do passado, fazendo comparações e ainda projetamos um futuro, cheio de desejos e ambições. Sou uma pessoa muito nostálgica e, francamente, não sei até que ponto isso me faz bem e até que ponto isso me faz mal. O que eu sei é que eu vou vivendo, me divertindo; fazendo novos amigos, adquirindo coisas novas, abrindo a mente para novas ideiais, novas experiência, porém não deixo que meu passado fique só no passado; mantenho, nem que seja na minha cabeça (e no meu coração) as amizades de anos, guardo os objetos velhos, na esperança de que um dia criarei coragem de os colocar em uma caixa e leva-los à lixeira; vejo, revejo e vejo de novo fotos antigas. Choro, me escabelo, ligo, falo um pouco, procuro, dou um abraço, volto pra casa e a saudade continua comigo.
   Assim sou, assim é minha vida. E se você me perguntar se eu sofro muito, responderei que é suportável e que o privilégio de ter vivido tudo que hoje me causa saudade vale qualquer dor.

Diana J. Ribeiro

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Amanhã...



Se amanhã o que eu sonhei não for bem aquilo,
eu tiro um arco-íris da cartola.
E refaço. Colo. Pinto e bordo. Porque a força de dentro é maior.
Maior que todo mal que existe no mundo.
Maior que todos os ventos contrários.
É maior porque é do bem.
E nisso, sim, acredito até o fim. 
Caio Fernando Abreu

terça-feira, 12 de julho de 2011

Pegando a estrada...

Estou pegando a estrada. O caminho eu conheço, porém quem já caminhou nele mais de uma vez me contou que ele nunca é igual... Devo confessar que estou ansiosa e receosa.
Quero muito chegar ao destino a que estou me propondo.
A torcida é grande e a vontade minha também.
Que Deus me acompanhe e guie meus passos. Mais do que minha vontade e dedicação preciso ter fé e apoio. Apoio sei que não me faltará, afinal, não caminharei sozinha. Terei ao meu lado aqueles que querem chegar lá junto comigo. Alguns apenas para poderem comemorar comigo na hora da chegada...
Vamos lá, então!
Foi dada a largada, quando eu conseguir chegar (e se eu conseguir), conto aqui. ;)


"O que vale a pena possuir, vale a pena esperar." (Caio Fernando Abreu)

***
Aos queridos e queridas que torcem por mim, seja qual for o desafio que estou enfrentando, MUITO OBRIGADA. Saber que tenho vocês ao meu lado só me faz querer ser cada vez melhor.
Não é à toa que os amo tanto! ;)

***
Diana J. Ribeiro

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Férias!

Eu quero sofá, cama quentinha, coberta, chimarrão com o pai e a mãe de tardinha, pipoca com o irmão pela tarde; Dormir tarde de noite, acordar bem tarde de manhã, comer brigadeiro da panela, visitar os amigos e as pessoas queridas que a tempo não vejo, ... matar a saudade. Beber vinho, almoçar e jantar a comida de casa, que tem um gosto todo especial. Dançar, cantar, ler, twittar, ver bons filmes, ouvir boas músicas...
É fééééééérias! E se tiver o que eu citei aí em cima, pra mim, já está louco de bom! :D

sábado, 2 de julho de 2011

As ensinanças da dúvida

Tive um chão (mas já faz tempo)
todo feito de certezas
tão duras como lajedos.

Agora (o tempo é que fez)
tenho um caminho
de barro
umedecido de dúvidas.

Mas nele (devagar vou)
me cresce funda a certeza
de que vale a pena o amor...
(Thiago Mello)

Ser um empreendedor...

"Ser um empreendedor é executar os sonhos, mesmo que haja riscos. É enfrentar os problemas, mesmo não tendo forças. É caminhar por lugares desconhecidos, mesmo sem bússola. É tomar atitudes que ninguém tomou. É ter consciência de que quem vence sem obstáculos triunfa sem glória. É não esperar uma herança, mas construir uma história...
Quantos projetos você deixou para trás?
Quantas vezes seus temores bloquearam seus sonhos?
Ser um empreendedor não é esperar a felicidade acontecer, mas conquistá-la."
(Augusto Cury)

quinta-feira, 23 de junho de 2011

A vivência de um sonho...

      No dia 11 de julho de 2009 eu assumi, comigo mesma a compromisso de representar o CTG Fronteira da Amizade, no concurso regional. Eu sabia que seria difícil, que não seria apoiada por todos, que seria necessário arregaçar as mangas e ir ao trabalho. E eu fui!
    Estudei, pesquisei, participei de eventos, pedi ajuda, corri atrás. Só eu sei quantas lágrimas foram derramadas nos momentos de decepção e desanimo. Mas EU CONSEGUI! Fui sem medo das críticas, e dei o melhor de mim.
      No dia 26 de junho de 2010, a realização do sonho. Tornei-me 2ª Prenda da 3ª Região Tradicionalista. Tudo foi maravilhoso...
     O ano que se seguiu foi igualmente fantástico. Para mim tudo era novo. Conheci pessoas sensacionais, aprendi muito, fiz amizades que não se acabarão com a gestão, adquiri muito conhecimento e experiência.
     




































Agora, me preparo para, no próximo sábado, de 25 de junho de 2011, entregar meu cargo. A saudade com certeza se fará presente sempre, assim como as boas lembranças de todos os momentos que passei ao lado dos meus queridos colegas de gestão.
Depois de tudo o que vivi, o que me resta é agradecer ao Patrão do Céu e a todos que me ajudaram e que fizeram parte deste lindo capítulo da minha vida.

A todos e a todas, meu sincero MUITO OBRIGADA!


Diana Juciéli Ribeiro
2ªPrenda da 3ªRT
Gestão 2010/2011


Mulheres do topo

"As Melhores Mulheres pertencem aos homens mais atrevidos. Mulheres são como maçãs em árvores. As melhores estão no topo. Os homens não querem alcançar essas boas, porque eles têm medo de cair e se machucar. Preferem pegar as maçãs podres que ficam no chão, que não são boas como as do topo, mas são fáceis de se conseguir. Assim, as maçãs no topo pensam que algo está errado com elas, quando na verdade, ELES estão errados... Elas têm que esperar um pouco mais para o homem certo chegar... aquele que é valente o bastante para escalar até o topo da árvore”.  (Machado de Assis)

Pense nisso...
;D

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Estou fazendo uns GOLS. :D

Há algum tempo conheci uma pessoas, muito queridas, que estão me inspirando a ir além.
Graças ao incentivo (meio obrigado), acreditem, eu já joguei futebol e aprendi até a jogar Fifa. Pois é, se você que está lendo me conhece minimamente, saberá que estas são atividades (quase) incompatível com minha pessoa. hehe
Porém, essas queridas pessoas, tem o poder de me tirarem do caminho. Gosto disso!
É bom se arriscar em coisas novas.
Até hoje, só havia feito aquilo que tinha certeza que faria bem. "Se é para fazer, que seja bem feito" era uma frase que, certamente seria defendida por mim, já que eu fazia apenas o que eu sabia que faria bem.
Agora mudei um pouco. Estou me permitindo tentar outras maneiras de fazer coisas que eu dominava bem, mas de um único jeito. Estou me permitindo caminhar em terrenos duvidosos. Estou me permitindo errar... e isso é muito bom.
Certamente as quedas serão mais frequentes que antes, entretanto as ascensões serão maiores.
Estou chutando muuuuuuuuito a arco e de vez em quando eu até que faço uns gols. ;D


***
As queridas que citei antes, tenho certeza que ao lerem saberão que é delas que me referi.
Meninas, só uma palavrinha pra vocês: OBRIGADA. *----*

quarta-feira, 8 de junho de 2011

O Poder da Validação (Stephen Kanitz)

Todo mundo é inseguro, sem exceção. Os super-confiantes simplesmente disfarçam melhor. Não escapam pais, professores, chefes nem colegas de trabalho.
Afinal, ninguém é de ferro. Paulo Autran treme nas bases nos primeiros minutos de cada apresentação, mesmo que a peça que já tenha sido encenada 500 vezes. Só depois da primeira risada, da primeira reação do público, é que o ator se relaxa e parte tranqüilo para o resto do espetáculo. Eu, para ser absolutamente sincero, fico inseguro a cada novo artigo que escrevo, e corro desesperado para ver os primeiros e-mails que chegam.
Insegurança é o problema humano número 1. O mundo seria muito menos neurótico, louco e agitado se fôssemos todos um pouco menos inseguros. Trabalharíamos menos, curtiríamos mais a vida, levaríamos a vida mais na esportiva. Mas como reduzir esta insegurança?
Alguns acreditam que estudando mais, ganhando mais, trabalhando mais resolveriam o problema. Ledo engano, por uma simples razão: segurança não depende da gente, depende dos outros. Está totalmente fora do nosso controle. Por isso segurança nunca é conquistada definitivamente, ela é sempre temporária, efêmera.
Segurança depende de um processo que chamo de "validação", embora para os estatísticos o significado seja outro. Validação estatística significa certificar-se de que um dado ou informação é verdadeiro, mas eu uso esse termo para seres humanos. Validar alguém seria confirmar que essa pessoa existe, que ela é real, verdadeira, que ela tem valor.
Todos nós precisamos ser validados pelos outros, constantemente. Alguém tem de dizer que você é bonito ou bonita, por mais bonito ou bonita que você seja. O autoconhecimento, tão decantado por filósofos, não resolve o problema. Ninguém pode autovalidar-se, por definição.
Você sempre será um ninguém, a não ser que outros o validem como alguém. Validar o outro significa confirmá-lo, como dizer: "Você tem significado para mim". Validar é o que um namorado ou namorada faz quando lhe diz: "Gosto de você pelo que você é". Quem cunhou a frase "Por trás de um grande homem existe uma grande mulher" (e vice-versa) provavelmente estava pensando nesse poder de validação que só uma companheira amorosa e presente no dia-a-dia poderá dar.
Um simples olhar, um sorriso, um singelo elogio são suficientes para você validar todo mundo. Estamos tão preocupados com a nossa própria insegurança, que não temos tempo para sair validando os outros. Estamos tão preocupados em mostrar que somos o "máximo", que esquecemos de dizer aos nossos amigos, filhos e cônjuges que o "máximo" são eles. Puxamos o saco de quem não gostamos, esquecemos de validar aqueles que admiramos.
Por falta de validação, criamos um mundo consumista, onde se valoriza o ter e não o ser. Por falta de validação, criamos um mundo onde todos querem mostrar-se, ou dominar os outros em busca de poder.
Validação permite que pessoas sejam aceitas pelo que realmente são, e não pelo que gostaríamos que fossem. Mas, justamente graças à validação, elas começarão a acreditar em si mesmas e crescerão para ser o que queremos.
Se quisermos tornar o mundo menos inseguro e melhor, precisaremos treinar e exercitar uma nova competência: validar alguém todo dia. Um elogio certo, um sorriso, os parabéns na hora certa, uma salva de palmas, um beijo, um dedão para cima, um "valeu, cara, valeu".
Você já validou alguém hoje? Então comece já, por mais inseguro que você esteja.

Artigo publicado na Revista Veja, edição 1705, ano 34, nº 24, 20 de junho de 2001. 

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Até logo

Era uma vez uma menina que se apaixonava pelas coisas e pelas pessoas de uma maneira muito intensa. Encantá-la não era difícil. Conseguir um espaço no seu coração, então, era muito fácil. Bastava ser amável, tratá-la bem e ter paciência, que, em pouco tempo, passaria a ser chamado de amigo ou amiga.
Esta menina valorizava tudo e todos que amava, de tal modo, que para ela, todos eram especiais e essenciais.
A menina, aos poucos, foi percebendo que por maior que fosse o seu amor, na maioria das vezes, não era o suficiente para prender pessoas e para que as coisas não fossem envelhecendo e perdessem o seu valor.
A menina morria cada vez que tinha que dar um adeus, se despedir de alguém que amava, jogar fora uma carta ou um objeto que, mesmo quebrado, sujo e sem nenhuma utilidade, lhe tinha um valor sentimental todo especial.
A doce menina, foi crescendo, foi vivendo, e passou a descrer no "pra sempre". Seus amigos, passaram a ser apenas parceria para os momentos de risos; as cartas, após lidas, eram jogadas fora; quando recebia presentes, fazia questão de não ler o bilhete que acompanhava e de não pensar muito em quem lhe fizera o agrado. A doce menina se transformou em uma mulher infeliz e amargurada, que não sofria na hora de se despedir, pois não mantinha nenhum vínculo com ninguém.
E assim ele viveu, até o dia em que percebeu que quem não tem lembranças, sejam elas boas ou más, não sente saudades e esconde-se do amor, por puro medo de sofrer, não vive de verdade.
Hoje, aquela que já foi uma doce menina e uma amargurada mulher, é uma pessoa feliz, que se encanta, ama, sorri, chora, erra, faz planos e sente falta do que passou.
As despedidas continuam a matar-lhe, entretanto, hoje ela sabe que um adeus, não quer dizer até nunca mais, e que pode e deve ser encarado com um até logo. Agora ela sabe que é preferível sofrer ao se despedir, do que viver uma vida em vão, sem nunca ter se deixado encantar por ninguém.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

O pequeno príncipe (trecho principal)

"Então a raposa apareceu.
-"Bom dia."-disse a raposa.
-"Bom dia."- respondeu educadamente o Pequeno Príncipe.
-"Quem és tu? És tão bonita de se olhar."
-"Eu sou uma raposa.", disse a raposa.
-"Vem brincar comigo.", propôs o Pequeno Príncipe.
-"Eu estou tão triste."
-"Não posso brincar contigo.", disse a raposa.
- "Eu não estou cativada."
- "O que significada isso ? cativar?"
-"É uma coisa que as pessoas frequentemente negligenciam.", disse a raposa.
-"Significa criar laços."
-"Sim.", disse a raposa.
-"Para mim és apenas um menininho e eu não tenho necessidade de ti. E tu por sua vez, não tens nenhuma necessidade de mim. Para ti eu não sou nada mais do que uma raposa, mas se tu me cativares então nós precisaremos um do outro". A raposa olhou fixamente para o Pequeno Príncipe durante muito tempo e disse:
-"Por favor cativa-me."
-"O que eu devo fazer para te cativar?" perguntou o Pequeno Príncipe.
-"Deves ser muito paciente.", disse a raposa.
-"Primeiro vais sentar-te a uma pequena distância de mim e não vais dizer nada. Palavras são uma fonte de desentendimento. Mas sentar-te-ás um pouco mais perto de mim todos os dias."
No dia seguinte o Príncipezinho voltou.
-"Teria sido melhor voltares à mesma hora." disse a raposa.
-" Se tu vens por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais me sentirei feliz. Ás quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens por exemplo a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração...É preciso criar rituais."
Então o Pequeno Príncipe cativou a raposa.
Quando chegou a hora da partida dele:
-"Oh!" disse a raposa. -"Eu vou chorar".
-"A culpa é tua", disse o Pequeno Príncipe.
- "Tu mesma quiseste que eu te cativasse...".
-"Adeus.", disse o Pequeno Príncipe.
- "Adeus.", disse a raposa.
-"Agora vou contar-te um segredo: Nós só podemos ver perfeitamente com o coração; o que é essencial é invisível aos olhos. Os homens têm esquecido esta verdade. Mas tu não deve esquecê-la. Tu tornas-te eternamente responsável por tudo aquilo que cativas. "
(Saint-Exupéry)